sábado, 4 de junho de 2011

Perdoa, nao esqueças , mas Perdoa

Lembrei-me das horas em que esperei por ti e das horas infinitas que te fiz esperar por mim. Das expectativas, minhas e tuas. Do quanto gostei de ti e tu de mim, e de que esse quanto não foi suficiente.
Lembrei-me das noites de insónias, as noites arrefecidas pela tua ausência. Dos telefonemas exaltados. Dos dias aflitos e atormentados. Das manhãs dolorosamente entorpecidas. Das verdades que insisti em gritar. Da realidade dos mundos opostos que chegou tarde demais. Lembrei-me da paz negada, dos sorrisos perdidos e dos sonhos anulados.
Hoje lembrei-me de ti.
E ainda bem que assim foi. É por isso que voltaram as minhas palavras para ti. Inacreditavelmente acabo de sentir uma dose de contentamento por terem regressado, porque hoje elas antes de serem para ti, são para mim.
Porque hoje percebi que chegou a hora de absolver-me dos meus pecados, de perdoar-me pelas minhas fraquezas, hoje percebi que chegou o momento de absolver-te das tuas culpas e desculpar-te também a ti pela tua falta de solidez.
Porque hoje percebi que chegou o momento de perdoar-te por conseguires seguir o teu rumo sem olhares para trás, e perdoar-me a mim por não ter feito os impossíveis.
Perdoo-te a ti, e perdoo-me a mim.

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